INFORMAÇOM DA DENÚNCIA QUE O PORTAVOZ NACIONAL DE NÓS-UP PUXO ANTE A POLÍCIA ESPANHOLA CONTRA UM INDEPENDENTISTA E DO JUÍZO QUE ESTA ORIGINOU
Neste 23 de Junho tivo lugar em Vigo um juízo no que compareceu como denunciante o porta-voz nacional de NÓS-Unidade Popular, Alberte Moço Quintela, e como denunciado um jovem militante independentista acusado por aquel de rachar os vidros do centro social Lume! aberto recentemente na nossa cidade e gerido por Primeira Linha.
Vamos contextualizar os feitos: em 2009, um grupo de jovens, maioritariamente sem filiaçom, iniciam a criaçom dum centro social em Vigo. O projecto leva por nome Semente Vermelha e nele participa gente jovem com pouca experiência na militância. O grupo começa fazer actividades para recadar dinheiro coa finalidade de abrir o local e fazer trabalho social no bairro no que moram a maioría das pessoas que o integram. Ponhem muitos esforços em trabalhar com a juventude do bairro que soe responder bem às actividades organizadas por Semente Vermelha.
O projecto vai calhando e avanzando cara o objectivo marcado. A inicios de 2010 produce-se um acontecimento que marcará o futuro de Semente Vermelha: a entrada na associaçom dum grupo de militantes de Briga, organizaçom da que já havia algumhas pessoas. A partir deste feito seguen-se fazendo actividades, incluso com maior sucesso, mas o ambiente enrarece-se máis cada vez e a divisom do colectivo humano fai-se evidente entre quem militam em Briga e NÓS-Unidade Popular e o resto.
Ademáis, o âmbito de actuaçom da associaçom é achegado cada vez máis ao que deseja a referida corrente política: actividades conjuntas exclusivamente cumha associaçom cultural gerida por Primeira Linha, publicitaçom no blogue de actividades próximas a esta corrente (por exemplo, a Festa da Língua da Fundaçom Artábria de Ferrol), veto por parte do coordenador do blogue de informaçons que nom eram do gosto de PL, etc...
Isto, junto à entrada paulatina de máis integrantes vencelhados a este grupo político, até chegar a ser a maioría, fai que a divisom se manifeste na celebraçom do Dia da Pátria em Vigo organizado polos locais sociais da cidade 1 ou 2 semanas antes do 25 de Julho. Tras receber o convite da Coordenadora de Locais Sociais para celebrar o 25-J, os seguidores de PL no nosso grupo rejeitam participar sem achegar razóns para afastar o projecto do resto do independentismo. Essas razóns faría-as públicas NÓS-Unidade Popular meses depois, o dia da Galiza Combatente. Os prôpios membros desta corrente política chegam a reconhecer em assembleias posteriores a inconsistência de tais “razóns”, como a incapacidade para trabalhar alí, a negativa a trabalhar com gente de base do BNG (depois de ofrecer-lhe a pessoas dos sectores máis direitistas do BNG ser sócias de Semente Vermelha), a afirmaçom de que o projecto de Semente Vermelha era “mui diferente ao do resto”, etc...
Ao final opta-se por nom participar na actividade tras umha tensa assembleia na que se cruzam acusaçons entre os assistentes à mesma. Este feito decanta claramente as possiçons da gente dum projecto já totalmente minado pola divisom. Aí ficam decantadas posturas e objectivos. O mesmo día deste “gram encontronaço” e também um 23 de Junho, o companheiro denunciado ante a polícia é convidado a tomar umha determinaçom depois do seu malestar polos acontecimentos desse día. Din-lhe literalmente:
“Aquí acorda-se o que nós decidimos porque somos os que máis trabalhamos e porque somos a maioría, nós imos sempre mínimo quatro às assembleias e é mui dificil que da outra banda vaiam máis de quatro, e se vam máis de quatro como nom estám organizados sempre vai haber algúm que se ponha da nossa banda ou se abstenha, polo que sempre vam ir avante as nossas propostas e se che é mui dificil de comprender, já sabes o que tes que fazer. E com isto nom quero dizer que queira marches, e máis que para ti vai para (nome dumha pessoa)”.
Curiosamente justo o que passara na assembleia. Depois disto e com as possiçons tam decantadas e o conflicto tam vissível “acorda-se” numha assembleia à qual já nom foi o grupo de rapazes e rapazas com ilussom por levantar o projecto social, senom um grupo de cargos políticos de Primeira Linha e pessoas as quais viam que se lhes ía ao garete o projecto no que meterom tantos esforços, dotar à associaçom cultural duns estatutos e que nom se podam fazer máis sócixs até que o processo estatutário remate (curiosamente quando a gente que milita em Briga-NÓS-UP é já a maioría). Decide-se também a expulsom de pessoas que iniciarom o projecto por adividar 3€ de quotas, cacicadas como mudar de hora umha assembleia umhas horas antes, evitando assim que muita gente se desse conta, pelejas na assembleia, o acontecido na noite do 24 de Julho, etc. Forom lamentáveis acontecimentos ocorridos no transcorrer de SV.
Em Agosto de 2010, tras o Dia da Pátria, intentou-se reestructurar o projecto, mas da gente de NÓS-UP-Briga nom se volve saber nada, fecham o blogue, marcham co dinheiro (que rolda os 2200€) e com parte do material. Nem sequera aparecem as pessoas de base (as máis próximas ao projecto e com vinculos de amizade cos demáis) que pregoavam ser os intermediarios para resolver o conflicto, principalmente o tema económico. Alegam que eles nom sabem nada, que no seu círculo político nom se pode mentar esse tema e que do dinheiro nom se sabe nada del.
A seguinte nova é a apertura do CS Lume! o 27 de Novembro do 2010 e o ataque a este. Há quem opta por assinalar aos culpáveis de liquidar o projecto e espoliar o Semente Vermelha. Há quem nom se cruza de braços depois de que se usurpassem os seus esforços de forma tam vil e misserável. A pessoa processada é identificada por 8 efectivos da polícia local e espanhola e acusada de romper um vidro do CS Lume! Despois é denunciada polo porta-voz nacional de NÓS-Unidade Popular e vicepresidente do CS Lume!, Alberte Moço Quintela, na esquadra da polícia espanhola tras receber a chamada desta e indicar-lhe o procedimento a seguir.
Mas nom só nos surprende que esta pessoa se preste a denunciar a um independentista ante a polícia e a utilizar a justiça espanhola contra el. Nom só nos surprende que esta pessoa o denuncie no quartel da polícia espanhola, senom que no momento da denúncia incluso aporte às forças repressivas dados de filiaçom do militante, dando lugar a umha fortisima presom policial sobre o jovem no mês e meio seguinte com o objectivo por parte da polícia de que este lhes dea informaçom e recorrendo a continuas chamadas telefónicas ameazantes (12-14 chamadas em mês e meio), presença intimidatória de polícia à paisana diante do centro onde cursa estudos, etc.
No meio deste processo e em reconhecimento do roubo efectuado, os usurpadores do projecto de Semente Vermelha procuram a mediaçom dum militante histórico e ofrecem-nos como “compensaçom” 400€ que rejeitamos, num intento de “razonar” a “proposta” desentenden-se dizendo que a gente de SV rejeitara “repartir” o dinheiro e só buscava vingança e violência gratuíta.
Nesta história faltam detalhes que faríam entender melhor o funcionamento desta corrente política e os acontecimentos ocorridos, mas achamos que o fundamental nom som os detalhes senom denunciar publicamente conductas de certas personagens e organizaçons que som contrárias à ética revolucionária máis elemental.
Depois dos enfrentamentos e tras o reconhecimento do roubo por parte dos ladróns, o conflicto fica tranquilo até 15 dias antes deste 23 de Junho no que o nosso companheiro recebe a denúncia na que é citado a juizo e na que se ve perfectamente a colaboraçom de Alberte Moço Quintela com a polícia espanhola, ofrecendo a esta os dados pessoais que posteriormente servirám para acossalo.
Neste processo judicial Alberte Moço pide ao denunciado a indennizaçom do vidro rachado. Já o dia do juizo encontran-se no pasilho integrantes dos dous “bandos” e algumha pessoa solidária coa gente de Semente Vermelha. Na entrada à vista producen-se altercados com berros a Alberte Moço de “tes muita cara”, “nom tes vergonha”, “logo falamos de militância política”, “chivato”... O denunciante, sem inmutar-se o máis mínimo pola pressom responde com umha frialdade impresionante às preguntas do ministério fiscal e com a finalidade única e exclusiva segúm as suas prôpias manifestaçons: o dinheiro. Alberte Moço chegou a reclamar diante do tribunal da justiça espanhola a condena do militante independentista.
O denunciado reconhece abertamente os feitos nos que está imputado, manifesta que se sentíu legitimado para cometelos e acusa a Alberte Moço de ser um dos desenhadores do roubo, recriminándo-lhe que debería ser ele quem se sentasse ante um jurado popular polo dano que lhe leva feito aos movementos populares deste país. Acusa-o de “rata do ministério de interior”, de “fazer-lhe o jogo à polícia espanhola” e de “liquidar e rebentar um projecto social por nom seguir as directrizes dele e do seu grupo político”. A juiza que em todo momento tivo umha actitude protectora cara o denunciante brinda-lhe a possibilidade de volver a denunciar o processado pola sua actitude durante o juizo.
Com esta informaçom queremos clarificar a nossa postura, legitimar ao companheiro julgado e assinalar a quem, autodenominándo-se “vanguarda do proletariádo galego” usa artes tam pouco revolucionárias como o roubo, o engano, a colaboraçom com as forças repressivas, a utilizaçom dos tribunais espanhóis para processar independentistas, a liquidaçom de projectos populares e malia a isso seguem a falar de si prôpios como “víctimas” dum processo que nunca se debeu produzir.
Integrantes do antigo projecto social Semente Vermelha.
Na Galiza, Julho do 2011
Na Galiza, Julho do 2011
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